A Síndrome Mielodisplásica (SMD) é um grupo de doenças hematológicas raras, que afetam a medula óssea e a produção de células sanguíneas. Ela pode se manifestar de diversas formas, mas uma característica comum é a incapacidade da medula óssea de produzir células sanguíneas saudáveis em quantidade suficiente. Felizmente, a azacitidina é um medicamento que oferece esperança para muitos pacientes com SMD, ajudando a melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida.
O que é a Síndrome Mielodisplásica (SMD)?
A Síndrome Mielodisplásica é uma condição em que as células-tronco da medula óssea não conseguem produzir células sanguíneas maduras e saudáveis. Isso leva à diminuição das células vermelhas do sangue, das plaquetas e dos glóbulos brancos, resultando em sintomas como fadiga, anemia, palidez, infecções frequentes e hemorragias.
Mielodisplasia é um tipo de câncer?
Sim, a mielodisplasia é um tipo câncer, que inclusive pode evoluir para um comportamento idêntico a uma leucemia. Ela é um tipo de neoplasia hematológica. A diferença é que a mielodisplasia é um câncer de evolução lenta, e é uma doença crônica, enquanto a leucemia aguda é um câncer da medula óssea de evolução rápida.
Quais as causas da Mielodisplasia?
A mielodisplasia é, primeiramente, uma doença do envelhecimento. Ela ocorre com mais frequência em idosos acima dos 70 anos, principalmente em homens. Com o passar dos anos, vamos acumulando diversas mutações (no material genético), e elas acabam condicionando esse erro na formação das células do sangue. A mielodisplasia também pode aparecer em pacientes mais jovens, inclusive na infância, mas, nesses casos, ela é secundária e está associada a alterações genéticas que a criança já nasce.
As mutações mencionadas são modificações na estrutura do DNA, que podem ocorrer de forma espontânea ou por ações de agentes mutagênicos (compostos físicos e químicos). A exposição prolongada a álcool, alguns medicamentos e produtos químicos, por exemplo, podem contribuir para o surgimento da mielodisplasia, mas dentro de um contexto em que a pessoa já tem uma certa permissividade a eles.
Diagnóstico e tratamento da mielodisplasia
O primeiro exame que pode indicar alguma suspeita de displasia (desenvolvimento fora do normal) é o hemograma, que mostra a qualidade das células do sangue. No entanto, a análise usada para confirmar ou não a presença da mielodisplasia é a biópsia de medula óssea. Por meio do procedimento, um profissional da saúde retira sangue e um fragmento da medula óssea do paciente. A partir da amostra, são feitas avaliações das características externas da célula, morfologia, anormalidade de formação das linhagens, avaliações genéticas e cromossômicas, entre outros.
Quando a doença é constatada, o tratamento é guiado conforme o risco. No geral, os médicos costumam receitar medicamentos – exemplos são a eritropoetina, o filgrastim e a azacitidina. Alguns pacientes também podem precisar de transfusão regular de sangue. A partir de determinado nível de gravidade, e dependendo das mutações do material genético, alguns tipos de quimioterapias específicas para subtipos de mielodisplasia também podem ser recomendadas.
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O Papel da Azacitidina no Tratamento da SMD
A azacitidina é um medicamento que pertence a uma classe de substâncias chamadas “agentes hipometilantes”. Ela age restaurando o funcionamento normal das células-tronco da medula óssea, permitindo que elas produzam células sanguíneas saudáveis. A azacitidina é administrada através de injeções subcutâneas e é frequentemente utilizada em pacientes com SMD de alto risco ou em estágios avançados da doença.
Quais são os benefícios da Azacitidina?
- Melhora na qualidade de vida: muitos pacientes relatam uma redução dos sintomas da SMD, como fadiga e fraqueza, após o tratamento com azacitidina.
- Prolongamento da sobrevida: a azacitidina tem demonstrado aumentar a sobrevida em pacientes com SMD de alto risco, retardando a progressão da doença.
- Redução do risco de transformação em leucemia: este medicamento pode ajudar a prevenir a transformação da SMD em leucemia mieloide aguda, uma complicação grave.
- Aumento das contagens sanguíneas: a azacitidina pode elevar as contagens de células sanguíneas, ajudando a evitar complicações como anemia, infecções e sangramentos.
O tratamento com azacitidina geralmente requer múltiplas sessões ao longo do tempo. Quanto custa esse medicamento?
Os efeitos colaterais são possíveis e devem ser discutidos com um médico, incluindo problemas gastrointestinais, reações cutâneas e supressão da medula óssea temporária. Consulte aqui a Bula para mais detalhes e orientações sobre quando não usar esse medicamento, o que saber antes de usar, como armazenar, reações adversas e contraindicações.
Como adquirir o medicamento Azacitidina?
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As informações contidas têm caráter informativo e não devem ser usadas para autodiagnostico ou para substituir as orientações do médico.
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